Nos últimos anos, a temática da segurança pública ganhou destaque nos debates das organizações da sociedade civil, especialmente naquelas cidades caracterizadas por contextos de “violência urbana”. Novas instituições foram criadas, algumas entidades antigas adequaram suas ações à agenda da “violência” e da “segurança”, e outras mobilizações foram desencadeadas a partir dessa conjuntura. Na tentativa de compreender as formas pelas quais tais organizações e movimentos se inscrevem no campo das ações e dos discursos referidos à chamada “violência urbana”, o ISER realizou uma pesquisa em parceria com o IPEA com o intuito de averiguar quem são e como atuam os personagens e atores sociais que compõem esse espaço organizacional.

Durante o trabalho desenvolvido, foi realizado um acompanhamento de episódios dramáticos como são as “chacinas”, já que as mesmas colocam na arena pública atores cuja identidade política é fortemente marcada pela reação à violência. Além disso, foram realizadas entrevistas aos membros da Comissão Eleitoral para formação do Conselho Estadual de Segurança Pública, na tentativa de compreender a importância conferida à participação nesses espaços. Vale salientar, ainda, que a pesquisa buscou privilegiar a análise de organizações e movimentos considerados menos institucionalizados e, portanto, mas “frágeis” e efêmeros sobre os quais existem poucos estudos.

Entre os principais resultados da pesquisa, merece destaque a elaboração do relatório final com a análise realizada dos dados obtidos durante o processo de trabalho de campo. Nesse sentido, a publicação sugere algumas questões que caracterizariam a – lenta – construção de instituições participativas de políticas públicas na área da segurança.

Responsible
Leilah Landim

Supporters
IPEA