
Projeto de gastronomia fit, vegetariana e vegana promove a segurança alimentar de moradores do condomínio Toscana, atendido pelo Trabalho Social do ISER
“Quando eu recebi a mensagem no WhatsApp que fui selecionada eu não acreditei. Entrei no site e vi o meu nome, vi no Instagram o meu nome na listagem Empreende Aí. Foi surreal”, lembra Zildete da Cruz Pires. A moradora do residencial Toscana ganhou uma vaga no curso “Despertando a Empreendedora”, realizado pela Empreende Aí, uma escola de negócios “da periferia para a periferia”, em parceria com a Checkout RH.
Além de capacitar e acompanhar o desenvolvimento de 240 empreendimentos de territórios populares, comunidades e favelas, a formação oferece uma premiação de R$1.000,00 e R$500,00 para investimento nos negócios e sessões de mentorias para quem se destacar. Os moradores dos condomínios do programa Minha Casa, Minha Vida, cujo Trabalho Social é executado pelo ISER, puderam inscrever projetos e concorrer a uma vaga.

“Oito participaram e a Zildete ganhou por sua originalidade. Nós contribuímos apenas com a preparação dela”, comenta o sociólogo Paulo Magalhães, que é responsável técnico pelo ISER nos residenciais. “Em um conjunto habitacional onde a questão nutricional e alimentar é péssima, ela faz uma cozinha fit, vegana e vegetariana. Ela tem cuidados com a alimentação, é tudo dela”, destaca Paulo.
A empreendedora reconhece que a articulação da oportunidade e o auxílio da equipe técnica na sua preparação para a inscrição no curso foi importante para estar entre os 240 nomes de todo o Brasil que foram selecionados. “A chegada do ISER aqui no condomínio Toscana foi maravilhosa, trouxe vários benefícios e projetos.O apoio, o nome e a história da instituição: tudo isso fez muita diferença”, afirma Zildete.
Além de oferecer uma opção mais nutritiva a um preço acessível para a realidade local, a Do Karmo Refeições Saudáveis permite que cada um customize a sua refeição. “Eu sugiro, mas o cliente monta a sua marmita de acordo com o seu gosto”, explica a moradora. “No dia a dia, já faço comida caseira tradicional com um bom preço. Muitas pessoas aqui querem e precisam comer, mas não têm dinheiro suficiente”, conta.
“Ela também faz os lanches para as atividades do Trabalho Social no condomínio, como uma oficina pedagógica para crianças, ou para uma aula de dança. Vira uma questão de contribuir para a segurança alimentar“, aponta Paulo Magalhães.
Segundo o sociólogo, os principais objetivos do projeto são articular a realidade dos condomínios com a cidade de Belford Roxo e promover a inclusão socioprodutiva e a autoestima dos moradores.
“Moro no Condomínio Toscana desde o dia 30 de abril de 2014, estou há sete anos neste lugar incrível onde aprendi muito a meu respeito. Percebi, por exemplo, que me sinto mais realizada quando consigo criar histórias que ajudem e inspirem as pessoas”, conta Zildete Pires.
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