Como organização da sociedade civil que atua e produz conhecimento no campo dos Direitos Humanos, o Iser tem participado de debates e iniciativas em torno da temática memória, verdade e justiça, com especial atenção aos processos políticos de fortalecimento democrático. Entre eles, cabe destacar o acompanhamento da Comissão Nacional da Verdade, instância criada pelo Governo Federal para investigar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas durante a ditadura civil-militar (1964-1988).
A garantia de dinâmicas democráticas e transparentes de funcionamento da CNV depende, em grande medida, da participação ativa da sociedade civil. Por isso é muito importante a elaboração de mecanismos de monitoramento dos trabalhos da comissão, de modo a garantir um processo legítimo de construção/produção da verdade histórica do país. Trata-se de avançar no sentido da justiça em relação aos que sofreram a repressão diretamente ao lutar pela democracia e ao mesmo tempo promover a reflexão e problematização da sociedade contemporânea que, em muitas dimensões não rompeu com um passado de violência institucionais.
Nesse sentido, desde a sua instalação, o Iser vem acompanhando o trabalho da CNV. Como resultado desse processo, dois relatórios semestrais foram produzidos pelo Iser no marco do primeiro ano de atuação da comissão, procurando demonstrar o funcionamento e indicando seus avanços e desafios.
Além disso, aproximando o projeto de um campo temático em que o Iser tem longa trajetória de produção, foi também inaugurado um ciclo de debates sobre o papel das religiões na ditadura como atores da resistência e da repressão. Ainda, foi elaborada a “RE-VISTA Verdade, Justiça e Memória” , uma publicação virtual que tem como objetivo dar visibilidade e ampliar o debate crítico acerca desse importante eixo temático.
Responsáveis
Moniza Rizzini
Apoiadores
Fundação Ford