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Comunicações do ISER Nº 61

Religiões e Prisões

Composta por segmentos cada vez mais jovens, a população carcerária parece viver um “caminho sem volta”. Sem minimizar outras tantas e diversificadas expressões de violências (físicas e simbólicas) presentes no cotidiano das grandes cidades brasileiras, ainda somos freqüentemente impactados por cenas de motins que eclodem no interior do chamado “sistema prisional”.

Nestes momentos, fica evidente o fracasso da gestão governamental e salta aos olhos o quanto falta para que os órgãos fiscalizadores do sistema penitenciário cumpram seu papel. De fato, de maneira geral, as prisões se tornaram espaços caracterizados pela ausência de bens materiais básicos – como água, sabonete e papel higiênico; pela ausência de atendimento médico; pela marcante presença de tortura, tratos desumanos e humilhações. Por outro lado, também nestes momentos de crise evidenciam-se os complexos desafios que são colocados para os organismos dos Direitos Humanos e para outras tantas organizações da sociedade civil que buscam saídas e alternativas de re-socialização com o objetivo de reverter este processo no qual se conjugam carências e violações. Menos evidentes, no entanto, são os desafios e as repercussões sociais da crescente presença das religiões no universo penitenciário.

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